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Evento • 02/09/2022
A evolução do mercado de vida e previdência
A evolução do mercado de Vida e Previdência foi retratada no primeiro painel do X Fórum Nacional de Seguro de Vida e Previdência Privada, que acontece hoje, em São Paulo. “Faço parte de uma geração de líderes que, quando confrontados pela pandemia, honraram o propósito do nosso setor”, disse o anfitrião do evento, Edson Franco, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Franco se refere ao pagamento de mais de R$ 7 bilhões a mais de 180 mil famílias que tinha seguro de vida e planos de previdência e foram indenizadas por perdas consequentes da Covid-19. “Pandemia é uma cláusula de exclusão dos contratos, mas as seguradoras decidiram fazer frente as indenizações num momento tão deva stador para o mundo. Honramos o propósito do nosso setor que é proteger vidas. Defender o interesse dos clientes e da nossa sociedade serve de inspiração continua para a nossa história”, ressaltou Franco na abertura do evento.
Ele foi o mediador do painel “A evolução do mercado de vida e previdência”, que reuniu ícones como Luiz Carlos Trabuco, presidente do conselho de administração do grupo Bradesco, Osvaldo Nascimento, membro do conselho curador da Fundação Itaú Unibanco de Educação e Cultura, além de Nilton Molina, presidente do conselho do grupo MAG.
Molina foi o primeiro a falar, e, como sempre, arrancou risadas e aplausos da plateia. Brincadeiras à parte, ele trouxe um tema crucial para o setor de vida e previdência: o pacto intergeracional foi quebrado. Ou seja, nasce menos gente e os velhos não querem morrer. Isso causa um grande problema. O Brasil tem 16 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Daq ui a 30 anos, serão 60 milhões. O seguro social vai remunerar com uma renda mínima universal. Sendo assim, o setor de seguros é quem vai prover a sociedade com produtos de proteção financeira, como vida e previdência. E este é um grande desafio que depende de todos nós em criamos condições econômicas e atuariais sustentáveis”, disse.
Trabuco sustentou o argumento, lembrando um pouco da história. “A previdência tem uma trajetória formidável. Gosto de olhar para alguns equívocos do passado, que atrasaram o crescimento do setor”, comentou. Um dos eventos citados foi a correção monetária para a previdencia solicitada em 1993 e que só foi aprov ada em 1999. "Alguns governos não entenderam bem a função social que ela exerce. Operamos vida e previdência. Temos de ter muita previsibilidade”, comentou.
O executivo, que dedicou 57 anos da sua vida ao setor de seguros, ressalta que a inflação é inimiga e dilapidadora da poupança de longo prazo. “Tivemos muitos planos econômicos. Não se pode olhar simplesmente para a taxa de juros. Os ciclos econômicos passam e precisam ser observados pelo setor de vida e previdência, de long o prazo. Um país com previdência e vida robusta tem IDH elevado com mais igualdade social. E se o pacto geracional já se passou, como citou Molina, vivemos o conflito das gerações. Quanto mais os governos gastam com os envelhecidos, mais faltará para as outras gerações”.
Diante do exposto, Nascimento, que presidiu a Anapp, precedida pela atual Fenaprevi e um dos responsáveis pela criação dos planos PGBL e VGBL, citou os principais desafios do setor de previdência e vida para a nova geração de executivos. O primeiro deles, como disse Molina, se refere ao pacto intergeracional, atendendo as necessidades da soci edade que envelhece rapidamente. O segundo é uma atualização da Lei Complementar 109, que regulamenta as previdências aberta e fechada. Em terceiro, a modernização, por parte da Superintendência de Seguros Privados (Susep), no que se refere a novas tecnologias. “O consumidor compra carro pela internet, mas tem dificuldade em comprar previdência e seguros. Por isso, precisamos de uma revisão no arcabouço legal, sem perder a segurança jurídica”, enfatizou.
Outro avanço primordial é estabilidade nas regras tributárias. “Passaremos por reformas tributárias. Se não tivermos estímulos, o setor enfrentará obstáculos. No segmento de fundos de pensão observamos avanços, mas nosso segmento aberto é preciso desagregar os ativos da empresa do ativo dos participan tes e segurados”, recomendou. Completou sua lista a urgência citando a autorregulação do setor, sugerindo união de órgãos reguladores como Susep e Previc, e maior atuação entre Fenaprevi e Abrapp, a associação dos fundos fechados.
Acrescentou a educação financeira, que segundo ele segue em primeiro plano entre as prioridades de todos. “Não só do consumidor, mas também da força de vendas”, alertou. E finalizou com a inovação. “Temos de retomar a discussão de novos produtos, como previdência ligada a saúde, e do Univer sal Life, ainda pouco difundido no Brasil. E, por fim, avançarmos em questões sociais, ambientais e de governança, ou ESG. É preciso investir no crescimento do país e assim deixar de ser o maior detentor da dívida publica com os ativos previdenciários na casa de R$ 1,2 trilhão”.
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