A convite do Sincor do Paraná, o presidente da Confederação das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, palestrou sobre o mercado segurador no 9º Simpósio Paranaense de Seguros, realizado em Curitiba. Para Marcio Coriolano, o setor depende de muitas variáveis para se tornar mais proporcional ao tamanho de sua importância para o país. Taxas maiores de crescimento da economia, com reflexos positivos na criação de postos de empregos e expansão da renda, seguros inclusivos, mais adequados aos segmentos de rendas mais baixas, marco regulatório que torne o ambiente de negócios mais amigável estão entre os fatores que poderão dar nova dinâmica ao setor.
Na avaliação do presidente da CNseg, há uma interdependência do seguro com os ciclos econômicos. Entre 2008 e 2010, as vendas de seguros tiveram forte expansão, por causa da trajetória positiva do PIB. O mercado cresceu 7,8% reais no período; outros 9,4% entre 2011 e 2013; 3% entre 2014 e 2016(apesar da severa recessão de 2015/2016), e 1,4% nos dois últimos anos.
“As reformas liberalizantes são necessárias para todas as atividades retomarem o fôlego, e as compras de seguros, mas é também necessário que o governo inclua o setor entre aqueles que devem constar das políticas públicas. Motivo? Podem ampliar a proteção de patrimônios e de pessoas e das pessoas, reduzindo as vulnerabilidades e o önus do Governo, e as provisões técnicas do setor, de mais de RS 1 trilhão, podem retroalimentar o desenvolvimento. Para cumprir esse duplo papel, entretanto, a regulação do setor deve ser efetivamente atualizada”, enfatizou Coriolano.
O presidente Marcio Coriolano afirmou que o fato de o Brasil ter 70% dos trabalhadores que recebem até RS 2 mil representa um desafio a mais para que o mercado de seguros doméstico apresente um desempenho mais vigoroso no ranking mundial da atividade.