- Início
- Notícias institucionais
- Demanda por seguros cresce quase 14% em três meses

Mercado • 07/06/2024
Demanda por seguros cresce quase 14% em três meses
Foram mais de R$ 100 bilhões arrecadados entre janeiro e março; e indenizações de quase R$ 57 bilhões
No primeiro trimestre de 2024, a procura pelos produtos que protegem o patrimônio, o futuro e estimulam a disciplina financeira dos consumidores avançou 13,7%, arrecadando cerca de R$ 103 bilhões, desconsiderando Saúde Suplementar. De acordo com o levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), esta foi a primeira vez que a marca dos R$ 100 bilhões em prêmios de seguro, contribuições em planos de caráter previdenciário e faturamento de títulos de capitalização foi atingida nos três primeiros meses do ano. Apenas em março, esse montante foi de R$ 34,7 bilhões, 7,3% a mais que no mesmo mês de 2023.
Em paralelo, até março de 2024, excluindo a Saúde Suplementar, o setor de seguros pagou, mais de R$ 56,9 bilhões em indenizações, benefícios, resgates e sorteios, volume 5% inferior ao do mesmo período do ano passado. A queda ocorreu, principalmente, pela redução de R$ 3 bilhões no volume de resgates dos planos de Previdência Aberta da Família VGBL, redução de 9,9%.
De acordo com o presidente da Confederação, Dyogo Oliveira, o desempenho dos planos de Previdência Aberta no período pode ser resultado da influência de fatores como o aumento da preocupação com o futuro, particularmente com a aposentadoria, o envelhecimento e a necessidade de mais recursos por mais tempo. O executivo destaca que a redução no volume de resgates também pode ser atribuída a um maior dinamismo da renda familiar e das condições do mercado de trabalho.
Um dos destaques do período foi o Seguro Habitacional. O produto é contratado obrigatoriamente em financiamentos imobiliários e serve como uma garantia fundamental para as operações de financiamento imobiliário, seja para aquisição ou para a construção de imóvel residencial. Este ramo avançou 10,7% no acumulado de janeiro a março de 2024, totalizando mais de R$ 1,7 bilhão em arrecadação. Pela ótica das indenizações, o produto retornou aos segurados R$ 412,5 milhões, 11,4% a mais que no primeiro trimestre do ano passado.
Março, por sua vez, teve o melhor desempenho nominal da série histórica, iniciada em 2007, em arrecadação, com R$ 573,3 milhões e alta de 10,2%. No terceiro mês do ano, as seguradoras que comercializam o produto também constataram alta de 5,1% no pagamento de indenizações, aproximando-se de R$ 137,6 milhões.
O Habitacional, segundo o presidente da CNseg, garante, no mínimo, a quitação do saldo devedor do imóvel financiado, em decorrência dos riscos de morte e invalidez permanente do segurado e, caso ocorram danos físicos, a reconstrução do imóvel financiado. “Dessa forma, ele protege financeiramente todas as partes envolvidas, tanto o comprador do imóvel quanto a instituição financeira”.
Atualmente, o Seguro Habitacional contempla duas modalidades. O Seguro Habitacional em Apólices de Mercado garante a quitação do saldo devedor do imóvel financiado em caso de morte e invalidez permanente do segurado (MIP). E o Seguro Habitacional em Apólices de Mercado – Demais Coberturas, que se refere a coberturas dos riscos de Danos Físicos ao Imóvel (DFI) e outras coberturas que sejam contratadas adicionalmente.
“A cobertura de DFI garante, ao comprador, o reembolso dos gastos decorrentes dos danos físicos ao imóvel causados por, no mínimo, incêndio, raio, explosão, vendaval, destelhamento, inundação ou alagamento, desmoronamento total ou parcial e ameaça de desmoronamento”, explicou Oliveira. Neste caso, detalha o executivo, a indenização paga pela seguradora deverá ser suficiente para a reposição do imóvel em estado equivalente ao que se encontrava antes da ocorrência do dano.
COP30
CNseg apresenta programação da Casa do Seguro
Evento
Presidente da CNseg projeta futuro do seguro com novas leis, sustentabilidade e COP30 em evento do SindsegRS
Evento
Novo Marco Legal dos Seguros é tema central do 8º Seminário Jurídico do setor segurador
COP30
Seguros na COP30: Roberto Santos fala da estratégia das seguradoras para a crise climática
Compartilhar