O Presidente da CNseg, Marcio Coriolano, participou em 24 de setembro, do painel “El Seguro… ¿más allá de los ODS?” (O Seguro... para além dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU?), durante o “1º Cumbre Iberoamericano – El seguro en la Agenda 2030”, organizado pela La Alianza del Seguro.
Na ocasião, Coriolano abordou as transformações pelas quais passa o mercado segurador brasileiro nos últimos anos, principalmente em relação à digitalização, à regulação e à diversidade e inclusão.
O Presidente da CNseg lembrou que a tecnologia digital foi responsável por dar visibilidade aos negócios e à resolução dos sinistros em um período de restrições da mobilidade urbana e de atividades econômicas, devido à pandemia, “acabando com quaisquer dúvidas a respeito de sua conveniência e sendo decisiva para garantir o crescimento do setor segurador brasileiro em 2020”.
Entretanto, ele afirmou que a evolução do setor não depende exclusivamente do voluntarismo de seus dirigentes, mas também de um organismo de regulação disposto a implementar um modelo de funcionamento digital capaz de reduzir os custos operacionais e facilitar a distribuição e o desenvolvimento de novas coberturas, “pondo fim à era dos produtos estandardizados”.
Coriolano afirmou que a regulação brasileira de seguros tem dado passos importantes em termos da flexibilização das normas, citando a recente autorização da Susep para que as operadoras possam operar “uma mistura de coberturas que jogou por terra todas as normas prescritivas que havia, aumentando a liberdade de endereçar melhor alguns produtos para as pessoas”.
Em relação à questão da diversidade e inclusão, o Presidente da CNseg afirmou que as mulheres já são maioria nas seguradoras brasileiras, mas ainda são só 41% dos postos de gestão, sendo 21% nos postos de direção e 12% nas presidências. Para reduzir essas diferenças, afirmou que as seguradoras adotam três tipos de estratégia: o desenvolvimento de talentos, os programas de mentoria feminina e os planos de sucessão. “Creio que iniciativas como essas são essenciais para garantir que as seguradoras sejam efetivamente inclusivas, reforçando a cultura da diversidade”, concluiu.
Junto com o Presidente da CNseg, participaram do painel o Diretor de Conteúdo do 1º Cumbre Iberoamericano – El seguro en la Agenda 2030, Gabriel Mysler; o Presidente da WFII, Giulio Valz-Gen; o Presidente da Associação Peruana de Empresas de Seguro, Eduardo Morón; o Presidente da ASSAL, Tomás Soley; o Presidente do Fórum Europeu para Seguro e Intermediação Financeira, Juan Ramón Plá; e o Presidente da Copaprose, Marvin Umaña.