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Previsão de inflação para 2021 tem leve alta e anúncio da vacinação impacta pouco no curto prazo

Estimativas sobre PIB, produção industrial e taxa básica de juros também foram alteradas pelos economistas ouvidos pelo Banco Central, para a elaboração do boletim Focus

18 de Janeiro de 2021 - Expectativas Econômicas

A estimativa sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para este ano, subiu de 3,34% para 3,43%. As projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 registrou avanço de 3,41% para 3,45%. Os dados, colhidos pelo Banco Central com economistas até a última sexta-feira, ainda não refletem o início da vacinação contra o coronavírus. 

Segundo avalia Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras, o efeito vacinação tem pouca influencia no curto prazo, onde o peso está nas chocantes cenas registradas em Manaus, com mortes por falta de oxigênio em meio à explosão de casos da Covid-19. “Tais imagens acendem ainda mais luzes de alerta para outras regiões do País, que podem sofrer com esta segunda onda”, acredita. 

Para o economista da CNseg, o fracasso do governo no episódio da importação de doses da vacina da Oxford-AstraZeneca produzidas na Índia deixa bastante claro que vacinar o número de pessoas necessário para que se chegue à imunidade coletiva levará tempo e exigirá esforço, coordenação e recursos. “Já por outro lado, o Brasil conta a estrutura logística e a experiência de algumas das maiores campanhas de vacinação do mundo, o que é muito positivo”, acrescenta.

O cenário externo, segundo Simões, também traz otimismo, com o avanço da vacinação pelo mundo, forte crescimento da China, e pela perspectiva de estímulos adicionais na economia americana com a pose de Joe Biden na quarta-feira e com a Casa Branca e o Congresso dominados por democratas. Em contrapartida, diz, o noticiário local deve seguir entre a guerra de narrativas e ações envolvendo a vacinação e a eleição para a presidência das casas do Congresso. “Comi isso, pouco tempo ou atenção devem sobrar para outros temas e, por isso, a agenda econômica, na melhor das hipóteses, só deve voltar a ser trabalhada em fevereiro”.

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Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, 

Confira abaixo a análise do economista Pedro Simões

Matéria publicada originalmente no Blog Sonho Seguro

 

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