O segundo dia da 7ª edição do Colóquio de Proteção do Consumidor de Seguros, realizado em Cuiabá nos dias 25 e 26 de junho, foi reservado para que os Procons da Região Centro-Oeste apontassem as principais demandas relacionadas ao seguro nos órgãos de defesa do consumidor e sugerissem caminhos para a evolução do atendimento a esses consumidores.
Nessa edição do Colóquio, que reuniu quase 100 participantes de 28 Procons, 14 seguradoras e 3 empresas de varejo, foram abordados a Assistência Financeira, o Seguro de Automóveis, de Acidentes Pessoais, de Vida, Prestamista, Habitacional, Residencial, de Condomínio, Garantia Estendida e de Automóveis. No segundo dia, os representantes dos Procons apontaram as principais reclamações relacionadas a cada produto, que servirão de subsídio para que as empresas revejam suas operações e implementem as melhores práticas.
A Superintendente do Procon Estadual do Mato Grosso, Gisela Simona Viana de Souza, detalhou o funcionamento da estrutura do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, afirmando que os Procons, cerca de 860 no País, atuam na defesa do Código de Defesa do Consumidor, com o objetivo permanente de resolver conflitos por meio da conciliação, se atentando à perspectiva do polo vulnerável da relação, o consumidor. A anfitriã do Colóquio apresentou uma agenda com 11 pontos de atenção para serem endereçadas pelas seguradoras.
O Gerente de Pesquisa e Cálculo do Procon do Estado de Goiás, Gleidson Tomaz Fernandes, também fez as suas recomendações, informando que, de acordo com os dados do órgão, de todas as demandas relacionadas ao setor segurador que chegaram a eles em 2019, 91% puderam ser resolvidas por meio da conciliação, sem que se tornassem processos. O dirigente também pontuou, como os demais, pontos de atenção que serão avaliados pelas seguradoras na elaboração do plano de ação.
No Mato Grosso do Sul, a Coordenadora de Gestão de Processos do Procon Estadual Patrícia Patrícia Mara da Silva, ressaltou que o Seguro Garantia Estendida ainda consta entre as reclamações mais frequentes, particularmente, no que se refere ao prazo de conserto e à ausência de assistência autorizada em algumas localidades. Além disso, a Coordenadora reforçou a importância de analisar os critérios para remuneração de representantes, o que já está no radar das seguradoras e redes varejistas.
Representando o Procon DF, a Diretora de Atendimento ao Consumidor, Lorena Brito destacou que o conflito é inerente às relações de consumo, e que além de analisar seu número por si só, é importante avaliar o tratamento dado às reclamações pelas empresas e seu índice de resolutividade. Sugeriu, adicionalmente, que sejam evitados o juridiquês e o segurês nos contratos de seguro, para que eles possam ser entendidos pelo cidadão médio. A Diretora reforçou o convite para adesão à CIP Eletrônica, para dinamizar a solução de conflitos.
O segundo e último dia do 7º Colóquio foi encerrado após a manhã de trabalhos, com os representantes de Procons reafirmando a importância no diálogo para o aprimoramento das relações de consumo e difusão de conhecimento e com os representantes das seguradoras agradecendo pela oportunidade de receber feedbacks que contribuem para a evolução do mercado. Entretanto, conforme reafirmou o consultor Ricardo Morishita, os maiores beneficiados são os próprios consumidores.
Confira abaixo o depoimento da diretora de Relações de Consumo e Comunicação da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes, sobre o evento