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Projeção da inflação sobe onze semanas consecutivas, ainda que com especulações sobre fim do ciclo de elevação da Selic

Avanço de medidas com impacto fiscal mantém alguns analistas em alerta

28 de Março de 2022 - Expectativas Econômicas

Após uma semana com diversas discussões no campo da política monetária, provocadas pela divulgação de Ata do Copom, Relatório de Inflação e pronunciamento de diretores do Banco Central, indicando que o Copom pode encerrar o ciclo de aumento da Selic já em sua próxima reunião, em maio, a projeção para a inflação deste ano subiu pela décima primeira semana consecutiva no Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 28. 

Segundo Pedro Simões, economista do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, o avanço, no Congresso, de temas com possível impacto fiscal – no contexto de um ano com eleições presidenciais, segundo as pesquisas mais recentes, deve novamente ser polarizada – causa preocupações em alguns analistas. A despeito disso, os indicadores do mercado financeiro continuam em momento mais favorável, com alta da Bolsa e valorização cambial. 

“Isso se deve a algumas razões: o aumento dos preços das commodities engorda as receitas em dólares dos setores exportadores, ampliando a oferta da moeda americana no País. Além disso, vale lembrar que o Real foi uma das moedas que mais se depreciou ao longo do ano passado e, portanto, há mais “espaço” para apreciação neste momento”, comenta o economista em seu boletim. 

Ao mesmo tempo, diz, há uma “correção” depois de longo período de alta nas bolsas americanas, enquanto a guerra na Ucrânia aumenta o risco na Europa. “Com a grande crise na Turquia, a Rússia entrando em guerra com o Ocidente e a China lidando com mudanças no modelo de crescimento e suas políticas “Covid-Zero”, o Brasil parece – mesmo com todos os seus problemas e incertezas –, na visão dos investidores internacionais, um risco relativamente menor”, acrescenta. Nesse contexto incerto em relação a como reagirá a política monetária, a projeção mediana para a taxa básica de juros ao final deste ano permaneceu em 13%.

Leia o boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas desta semana..

 

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