A Insurance Europe (IE), a associação europeia das associações de seguradores de 37 países, anunciou, em recente comunicado, seu apoio aos objetivos do Acordo de Paris e do Acordo Verde Europeu, bem como o apoio aos objetivos dos países europeus para a redução das suas emissões de gases com efeito estufa em 55%, até 2030, além do apoio à busca por uma economia de zero carbono até 2050.
De acordo com Andreas Brandstetter, presidente da Insurance Europe, a indústria de seguros desempenha um papel importante na mitigação dos piores cenários de alterações climáticas e na ajuda aos cidadãos e empresas no enfrentamento e adaptação aos impactos das mudanças que não podem ser evitados.
Segundo a IE, as seguradoras podem intervir das seguintes formas:
- Assumindo e diversificando os riscos em nome dos clientes e fornecendo o apoio financeiro de que necessitam para fazer face às consequências das alterações climáticas;
- Compartilhando conhecimentos e experiências em gestão de risco para ajudar os clientes e o setor público a construir uma consciência de risco, reduzindo a exposição e aumentando a resiliência aos impactos das alterações climáticas, incluindo uma abordagem de “construir melhor” após os eventuais danos ocorridos;
- Investindo na transformação da sustentabilidade, uma vez que são os maiores grupos de investidores institucionais na Europa, com mais de 10 biliões de euros em ativos.
O comunicado da IE afirma, ainda, que são muitas as seguradoras em toda a Europa que já estão comprometidas com a redução das emissões de gases de efeito estufa e que estão dispostas a “contribuir com mais”, mas, para desempenharem plenamente o seu papel, precisam que os Estados “libertem o potencial significativo do setor”.
Para a Associação Europeia das Seguradoras, as medidas governamentais necessárias passam por: investimento em medidas de adaptação e prevenção, que terão um enorme impacto no que é passível de ser segurado no futuro; incentivo e apoio a projetos públicos, empresariais e de infraestruturas mais sustentáveis. Por exemplo, seguindo e aplicando de forma consistente o princípio do “poluidor-pagador” a nível internacional, através de mais “crowding-in” de capital privado, por meio de parcerias público-privadas e de um melhor equilíbrio do risco de crédito associado a projetos de infraestruturas; apoio à regulamentação, - incluindo a regulamentação prudencial, - que fomente o papel da indústria seguradora; apoio a políticas para assegurar que a transição para uma economia com emissão zero de carbono aconteça de uma forma justa; fomento de parcerias público-privadas que compartilhem conhecimentos e experiência entre os principais interessados na área da resiliência climática; e criação de uma base de dados europeia sobre questões ASG (Ambientais, Sociais e Climáticas) para que os investidores tenham acesso de forma eficiente aos dados comparáveis e fiáveis de que necessitam para um investimento sustentável.