ASG / ESG

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Sustentabilidade em seguros

A expertise na subscrição e gestão de riscos torna as seguradoras players estratégicos para a agenda de sustentabilidade. Além disso, a capacidade do setor em gerar recursos através das reservas técnicas torna-se um importante instrumento para viabilizar investimentos sustentáveis. Como um dos maiores investidores institucionais do país, com ativos equivalentes a 25% da dívida pública brasileira, o setor de seguros tem recursos e interesse em investir em ativos reconhecidamente “verdes” ou “de impacto”.

Atuação da CNseg

O tema sustentabilidade em seguros tem respaldo institucional permanente na CNseg. A Confederação possui compromisso de promover o desenvolvimento sustentável do setor de seguros e conscientizar atores relevantes da sociedade sobre a importância de aspectos ambientais, sociais e de governança (ASG).

A atuação da CNseg é baseada nos Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI, na sigla em inglês), que consiste na principal referência internacional do setor de seguros sobre aspectos ASG. A Confederação é instituição fundadora e apoiadora desses Princípios, que foram lançados pela Iniciativa Financeira das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep FI) na Conferência Rio+20, em 2012. Entre as principais atribuições da CNseg relacionadas ao tema estão: a liderança nas discussões e no posicionamento do setor sobre o tema, o compartilhamento e incentivo à adoção de melhores práticas entre as empresas, a realização de projetos que visam a capacitação técnica de representantes das seguradoras, o monitoramento de pontos que possam afetar capital reputacional do setor e a contribuição da indústria para a formulação de políticas públicas e diretrizes que incentivem o desenvolvimento sustentável do país.

Confira aqui a linha do tempo com os destaques das principais iniciativas da CNseg ao longo dos anos.

Ambiental

Questões ambientais, especialmente ligadas às mudanças climáticas, possuem significativa relevância para o setor de seguros. O aumento da intensidade e frequência de desastres naturais, mudanças nos padrões climáticos e pluviométricos e a proliferação de doenças provocadas pela concentração de poluentes, por exemplo, possuem impacto potencial sobre a sinistralidade do setor. Além dos impactos operacionais há ainda riscos reputacionais e legais diante de uma eventual corresponsabilização das seguradoras por falhas na gestão de riscos ambientais e climáticos.

Nesse sentido, a CNseg estabeleceu uma agenda de compromissos e de iniciativas com vistas a integrar a consideração de questões ambientais e climáticas em toda cadeia de valor dos seguros. Os principais projetos desta esfera estão relacionados à capacitação do setor para construção de ferramentas e metodologias que subsidiam processos de subscrição, precificação e gestão de riscos ambientais e climáticos e ao estabelecimento de compromissos para posicionar o setor de seguros rumo a uma economia de baixo carbono.

Social

Educação financeira, diversidade, equidade e inclusão e seguros inclusivos voltados para população de baixa renda e vulnerável estão entre os temas que compõe a esfera Social da tríade ASG. Ao longo dos anos a Confederação se consolidou como uma importante referência para o debate e amadurecimento desses temas dentro das empresas.

O programa Educação em Seguros lançado em 2016 e composto por 21 iniciativas tem o objetivo de levar conhecimento estruturado e informações qualificadas e compreensíveis à sociedade sobre o setor de seguros. Projetos relacionados ao combate à desigualdade de gênero, à discriminação LGBTQIA+ e a vieses inconscientes são itens de pauta permanentes da Comissão de Diversidade, Equidade e Inclusão da CNseg, composto por representantes do mercado que buscam aprimorar práticas e processos das empresas sobre DEI. Já o desenvolvimento de seguros inclusivos pelas empresas é discutido em uma Comissão temática específica que busca principalmente analisar e adaptar experiências internacionais, sugerindo o aprimoramento de regras do setor para aumentar a participação do seguro nas camadas mais vulneráveis da população.

Governança

Para garantir a operacionalização de questões-chave para sustentabilidade, bem como a inserção do tema em esferas estratégicas dos negócios, é necessário estruturar aspectos relacionados a governança. Garantir a transparência, a ética e a responsabilidade nas operações e reportes das empresas, combater à corrupção e à fraude e assegurar os direitos dos segurados são compromissos norteadores dessa pauta.

Por se tratar de um setor regulado, a CNseg visa garantir a conformidade regulatória do setor e fortalecer o desempenho da indústria via compartilhamento de melhores práticas e de processos que estejam alinhados com as preocupações e expectativas de todos stakeholders. A Circular Susep nº 666/2022 definiu requisitos de governança para as empresas promoverem a integração de aspectos de sustentabilidade em toda cadeia de valor dos seguros. Segundo a Circular, são aspectos de sustentabilidade:

I - o respeito e a proteção dos direitos e garantias fundamentais e dos interesses comuns;  
II - a preservação do meio ambiente e sua reparação, ou, quando possível, restauração;  
III - a redução dos impactos ocasionados por intempéries frequentes e severas ou por alterações ambientais de longo prazo;  
IV - a transição para uma economia de baixo carbono; e  
V - a promoção de uma sociedade mais resiliente e inclusiva.

Referências importantes

• Circular Susep nº 666/2022 – Requisitos de sustentabilidade a serem observados pelo setor
• Princípios para Sustentabilidade em Seguros (PSI)
• Gerenciamento de riscos ambientais, sociais e de governança em negócios de seguros de ramos elementares
• Gerenciamento de riscos ambientais, sociais e de governança em negócios de seguros Vida e de Saúde (Disponível apenas em inglês)
• Emissões de GEE associadas às carteiras de subscrição (PCAF & PSI) (Disponível apenas em inglês)
• Insuring the climate transition – The final report on the project of UN Environment Programme’s Principles for Sustainable Insurance Initiative to pilot the TCFD recommendations (Disponível apenas em inglês)
• Laboratório de Inovação Financeira (CVM)
• Investidores pelo Clima (IPC)
• Federação Brasileira de Bancos (Febraban)
• Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima)